www.parrotsplace.com.br

Arara Glauco

Espécie: Ara glaucogularis



Ara glaucogularis (Dabbene 1921)

Inglês: Blue-throated Macaw
Português: Arara Glauco

Descrição: Sua plumagem em geral é azul, porém mais clara que a Ara. Ararauna. A área sem penas na face é branca com algumas linhas de penas azuis claras que se unem a uma marcação grande de cor azul, na garganta. As penas que cobrem os ouvidos, os lados do pescoço, a parte superior do peito, o abdômen, a região coberta pelo rabo e debaixo de asa são amarelos alaranjados, a parte de cima do rabo é azul, enquanto a debaixo é amarela esverdeada, seu bico é negro, sua íris é amarelo claro e seus pés são cinzas escuros.

Distribuição: Leste da Bolívia e provavelmente também ao norte da Argentina na província de Salta.

Comprimento: 85 cm.

Hábitat: Savanas com palmeiras e árvores em zona tropical, provavelmente também em bosques abertos e florestas tropicais.

Status: Muito rara, só é achada em áreas com hábitat original. Há vinte anos atrás já era bem menos comum que A. ararauna, possivelmente pelo comercio e pela caça. Hoje o risco de extinção é enorme.

Hábitos: Andam normalmente aos pares, grupos familiares ou bandos pequenos. Distingue-se particularmente durante vôo, que é acompanhado através de um grito regular. Ocasionalmente podem ser vistas com A. ararauna quando estão se alimentando. São cautelosas e não são muito acessíveis. Fazem vôos regulares para as áreas de alimentação das árvores de descanso no começo da manhã e no fim da tarde. Seu vôo é bastante rápido e direto, caracterizado por batidas de asas regulares e fortes. Seu chamado é forte e rouco, mais estridente que o da A. ararauna.

Características: Embora menores, são bastante parecidas com as A. ararauna. Suas cores contrastantes a tornam uma ave extremamente bela. Pertencente a família psittacidae e não há nenhuma subespécie, ela é única. Embora vivam em bandos, são monogâmicas. Muito vivas, resistentes, adoram tomar banho e às vezes bastante barulhentas, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Por serem muito destruidoras, proveja regularmente galhos verdes. Podem ser mantidas com outras araras grandes fora da época reprodutiva, desde que em viveiros grandes. São extremamente sociáveis e por incrível que pareça, quando criadas em cativeiro, se sentirem falta do dono ou de companhia, irão sofrer de stress, devendo-se sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente.

Dimorfismo (diferença sexual): Não existe, podem apenas ser distinguidos pelo exame de DNA.

Dieta natural: Comem uma grande variedade de frutas maduras e verdes. Várias frutos de palmeiras (Acrocomia aculeata e Attalea phalerata), sementes, flores, verduras e legumes. Alimentam-se em árvores, provavelmente também comem insetos e suas larvas. Quase todo dia voam de manhã e ao entardecer para comer barro em terra rica em mineral. Acredita-se que isso seja para neutralizar o conteúdo tóxico de algumas frutas verdes.

Alimentação: Nozes, amendoins, frutas e legumes (pêra, manga, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos).

Período de reprodução: De novembro a março.

Reprodução: Regularmente alcançada no Brasil, não é difícil. Neste período costumam ficar agressivas com os tratadores. Não se conhece nenhum tipo de “corte” (exibição de namoro) diferenciada. A forma de acasalamento é lateral, o que difere da maior parte dos psitacídeos, que é feita com o macho sobre a fêmea.

Amadurecimento sexual: 04 a 05 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 50 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 01 a 03 ovos normalmente, que poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 45.0 x 35.0 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em coqueiros ou palmeiras mortas e nos ocos de árvores altas de troncos grossos. Costumam usar o mesmo ninho regularmente, porém os casais não criam todos os anos. Existem vários fatores que interferem diretamente na taxa de reprodução como: predadores, doenças, ninhos tomados por outros animais e muitas das vezes inundações. Em cativeiro, os horizontais são os preferidos. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação. A inspeção do ninho deve ser feita com cuidado, para que o casal não se assuste e danifiquem os ovos ou até mesmo machuquem os filhotes.



Tempo de incubação: 26 a 28 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 60 a 65%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com o rabo mais curto, a íris marrom escura e a plumagem ligeiramente mais fosca. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem, possam gastar suas energias e tenham um bom ambiente para reprodução, o mínimo é de 3x2x2m. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 12 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.

Visite www.parrotsplace.com.br

Nenhum comentário: