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Papagaio da Cara Roxa

Espécie: Amazona brasiliensis



Amazona brasiliensis (Linne 1758)

Inglês: Red-tailed Amazon
Português: Papagaio da Cara Roxa

Descrição: Sua plumagem em geral é verde, a testa e a região das narinas são vermelhas, à parte de cima da cabeça e a nuca são roxas azuladas com as bordas rosas vermelhadas, o queixo e as bochechas são azuis tingidos de rosa, as penas da região dos ouvidos são azuis violetas, a extremidade das asas são vermelhas, as penas secundárias são verdes escuras com as pontas azuis, o rabo é verde com a ponta amarela esverdeada, as penas laterais do rabo são azuis, possui uma faixa vermelha larga no rabo, o círculo ao redor dos olhos é estreito e cinza, o bico é cinza claro com a ponta cinza escuro, sua íris é laranja avermelhada e seus pés são cinzas.

Distribuição: Antigamente podia ser visto no Brasil, desde o sudeste de São Paulo até o Rio Grande do Sul. Hoje está limitado a poucas áreas litorais nos estados de São Paulo e Paraná.

Comprimento: 37 cm.

Hábitat: Ao longo da costa da floresta Atlântica.

Status: Em perigo de extinção. O declínio de sua população em recentes anos, como na maioria das aves está diretamente relacionado ao desmatamento e a captura para o comércio. Sua população está calculada em 3.000 pássaros.

Hábitos: Andam em pares ou grupos pequenos. Antigamente grupos grandes de até 400 pássaros podiam ser vistos no inverno e ocasionalmente estavam juntos com o Amazona pretrei. Alimentam-se em áreas de florestas densas e dormem em ilhas de fora da costa, comem lá de 9:00 a 10:00 da manhã, quando então voam para o continente a procura de outros lugares de alimentação. Retornam as 17:00 para as árvores de descanso, onde fazem muito barulho e competem pelo melhor poleiro. Depois do pôr-do-sol ficam muito quietos. Seu chamado é estridente, seu vôo às vezes é irregular com curvas e fazem bastante barulho durante vôos mais longos.

Características: Embora sua cor predominante seja verde, sua face vermelha e azul, com nuances rosas, formam um contraste que a torna uma ave bela. Pertencente a família psittacidae e não há subespécie. É provavelmente um dos papagaios de porte médio em maior perigo de extinção no Brasil. No entanto, a particularidade que o caracteriza, mesmo para as pessoas que têm poucos conhecimentos sobre, é a sua habilidade de repetir palavras e de ser um grande falador. Embora vivam em bandos, são monogâmicos. Muito vivos, resistentes, gostam de tomar banho e são bastante barulhentos, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Não podem ser mantidos com outros papagaios, pois são bastante agressivos.
Tem desaparecido de seu habitat natural devido ao desmatamento e a sua captura para o mercado de animais de estimação. São animais que se adaptam muito bem ao convívio com seres humanos, sendo que, mesmo no estado selvagem, toleram a sua presença e a sua aproximação, parecendo ter prazer nisso. Em cativeiro temos que ter o cuidado, e isto se aplica a todas as espécies de papagaios, para que eles sejam o mais felizes possível. Uma ave que está muito tempo sozinha e fechada em casa, que está perto de ruídos estranhos ou em condições (gaiola, alimentação e distrações) pobres, não é uma ave feliz. Papagaios são aves muito sociáveis que precisam da companhia de outras aves ou de pessoas; como todos os seres vivos, querem atenção e as melhores condições, sem essas se tornam tristes e podem entrar em stress, chegando mesmo a arrancar as próprias penas e até as próprias unhas, casos que depois são muito difíceis de corrigir. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Devemos sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress.
A condição mais importante para quem compra, seja uma ave de companhia ou para criação, é saber a história da ave. Deve-se sempre comprar aves criadas em cativeiro, tentando assim contribuir para a não extinção da mesma, além de também facilitar a nossa relação com elas. Quando criadas em criatórios, estão acostumadas à presença de seres humanos e dificilmente sofrem stress ou contraem doenças, estando aclimatadas às condições de cativeiro.
Quando se tem um casal não é muito difícil que se consigam filhotes. Se quiser fazer uma criação, leva-se em conta que um casal reprodutor não é só um macho e uma fêmea, e sim, um macho e uma fêmea compatíveis. Como nos humanos, por vezes um não gosta do outro. Se tiver a certeza que é um macho e uma fêmea, que são adultos (mais de 03 anos) e que não reproduzem, algo está errado, pode ser que não sejam um par compatível. Procure encontrar o possível problema e, se chegar à conclusão da incompatibilidade, troque uma das aves.

Dimorfismo (diferença sexual): Machos e fêmeas são idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza é o exame de DNA.

Dieta natural: Frutas, sementes, flores e brotos. Alimentam-se nas árvores.

Alimentação: Em cativeiro deve-se oferecer a maior variedade de frutas, sementes (girassol, semente de abóbora, alpiste, arroz com casca, aveia, etc...), sementes germinadas e legumes. Gostam muito de milho verde, mas são verdadeiramente apaixonados por frutas. Não devem comer muita aveia no máximo (03) vezes por semana para não engordarem muito e ter sempre atenção para não abusar do girassol, que em excesso podem causar problemas no fígado e levá-lo a morte. Possuem uma tendência para escolher uma dieta desequilibrada e se tornarem obesos. Existem complexos granulados muito vantajosos do ponto de vista substancial, pois oferecem uma grande variedade de vitaminas e outros componentes necessários à boa saúde das aves. Ração peletizada/estruzada específica para papagaios e outros psitacídeos poderão ser encontradas em lojas especializadas.

Período de reprodução: De setembro a janeiro.

Reprodução: É raramente alcançada. É essencial isolar o casal durante esse período, colocá-los em um viveiro quieto é muito vantajoso. Em exibição de namoro ambos elevam as penas da nuca e esparramam o rabo. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento. Quando é possível, é interessante que a medida em que a fêmea coloque os ovos, vá se retirando e trocando por ovos de plástico e assim que ela termine de botar o último ovo, retire-se os de plástico e coloque os de verdade, para que ela comece a chocá-los ao mesmo tempo, evitando-se assim que os filhotes nasçam em dias diferentes, o que seria muito ruim porque os que nascerem primeiro, muitas das vezes, não permitem que os mais novos se alimentem direito, vindo no final a falecer.

Amadurecimento sexual: 03 a 04 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que um papagaio possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 40 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 04 ovos normalmente, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. Ovo mede aproximadamente 38,1 x 29,6 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos nos ocos de árvores altas (buracos de pica-pau) e muitas vezes mortas, especialmente palmeiras, principalmente em pântanos, florestas densas ou áreas inundadas, usando o mesmo buraco todos os anos. Embora a média da altura dos buracos dos ninhos seja de 08 metros, já fora observado ninhos a uma altura de 30m do solo, com 50 a 100 cm em média de profundidade. Costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira deteriorada. Em cativeiro, verticais em “L” são os preferidos porque evita que os pais ao descer se joguem em cima dos filhotes. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação.



Tempo de incubação: 26 dias.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem mais fosca, menos vermelho na testa e a íris escura. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 30 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 2x1,5x1m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada, fios arredondados e bastante resistentes para evitar que elas o destruam ou as suas penas, 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 10 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.

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