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Arara Spix

Espécie: Cyanopsitta spixii



Cyanopsitta spixii (Wagler 1832)

Inglês: Spixs Macaw
Português: Arara Spix

Descrição: Sua plumagem em geral é azul, o peito e o abdômen possuem uma cor esverdeada tênue, as costas e a parte de cima do rabo têm um azul mais escuro, as regiões das narinas e em volta dos olhos não possuem penas e são cinzas escuras, a região dos ouvidos, boa parte da cabeça e a testa são cinzas azuladas claras, à parte de baixo do rabo e a região coberta pelas asas são cinzas escuras, seu bico é negro, sua íris é amarelo claro e seus pés são cinzas.

Distribuição: Nordeste do Brasil. Antigamente era encontrada no sul do Piauí e no noroeste da Bahia. Possivelmente também na área mais ao sul do Maranhão, nordeste de Goiás e Pernambuco.

Comprimento: 56 cm.

Hábitat: Planícies com vegetação de espinho (arbustos de caatinga) e árvores altas ao longo de cursos de água. Possivelmente também planícies abertas com palmeiras e grupos isolados de árvores.

Status: Extinto na natureza.
Estão sendo feitas tentativas a reintrodução de pássaros cativos para reconstruir a população.
As causas para colapso da população foram possivelmente à captura, a caça e possivelmente também a introdução de abelhas africanas, que assumem os ninhos destas aves.

Hábitos: Normalmente andam isoladamente, em pares ou grupos de família pequenos. Foram observados regularmente ao longo de rios. Lá facilmente são distinguidos, pois empoleiraram em galhos de árvores sem folhas e altos. Tímidos e inabordáveis, ocasionalmente fora observado com a Ara maracanã, porém a Arara de Spix era a dominante. Vôo com batidas lentas e profundas de asas, alto, acima da vegetação e acompanhado por chamadas contínuas. Suas árvores de descanso não são usadas todo o ano, ocasionalmente descansa em cactos altos ou desaparece durante várias semanas de uma área. De repente, aparece, deste dia em diante faz uma rotina comum e repetida, o mesmo caminho de vôo para se alimentar, percorrendo freqüentemente distâncias longas.

Características: É uma ave bela e a mais rara das araras. Pertencente a família psittacidae, não há nenhuma subespécie, ela é única. Embora vivam em bandos, são monogâmicas. Atualmente está extinta na natureza. Sua população é pequena e está restrita a criatórios. Um dos principais motivos de sua extinção foi o tráfico internacional, pois uma única arara chega a custar R$ 1.000.000,00. São extremamente sociáveis e por incrível que pareça, quando criadas em cativeiro, se sentirem falta do dono ou de companhia, irão sofrer de stress, devendo-se sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Não são agressivas a outras espécies, até menores, de psitacídeos.

Dimorfismo (diferença sexual): Não existe, podem apenas ser distinguidos pelo exame de DNA.

Dieta natural: Principalmente sementes de Cnidoscolus phyllacanthus e pinhão, sobem em árvore Jatropha pohliana, além frutas e sementes de outros tipos de vegetação por exemplo: Ziziphus joazeiro ou Maytenus rígida, frutas de cáctus Cereus sp.

Alimentação: Nozes, amendoins, frutas e legumes (pêra, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos).

Período de reprodução: De Dezembro a Maio.

Reprodução: Já foi alcançada várias vezes. A dificuldade desta espécie é a raridade. Muito poucos criatórios no mundo a possuem.
Costuma ser sensível a inspeção do ninho.
Não existe exibição de namoro, o principal sinal é dado através da alimentação mútua, mas a agressividade com os tratadores também é característica. Necessitam de viveiros grandes e altos, além de vários poleiros. Possuem uma baixa taxa de fecundação. Na natureza um dos principais problemas é a invasão de seus ninhos por abelhas africanas, que na maioria das vezes mata a fêmea e os filhotes.

Amadurecimento sexual: 05 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 50 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 02 a 03 ovos, com intervalo de 48 horas, que poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 41.3 x 30.6 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos de árvores velhas (Tabebuia caraiba). Os forram com minúsculos pedaços de madeira e costumam usar o mesmo ninho ano a ano. Troncos de árvores ocas, caixas de madeira são os mais utilizados em cativeiro. De um modo geral usa-se ninhos verticais. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar.



Tempo de incubação: 26 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 60 a 65%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a cauda curta, íris marrom e a parte de cima do bico cinza com os lados enegrecidos. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 09 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais (03 meses). Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem, possam gastar suas energias e tenham um bom ambiente para reprodução, o mínimo é de 5x10x5m. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 10 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.

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