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Arara Leari

Espécie: Anodorhynchus leari



Anodorhynchus leari (Bonaparte 1856)

Inglês: Lears Macaw
Português: Arara Leari

Descrição: Sua plumagem em geral é azul cobalto, a cabeça, o pescoço, o peito e o abdômen são azuis esverdeados. Possui uma área sem penas ao redor da base da parte de baixo do bico amarelo claro. O lado inferior do rabo e das asas é enegrecido, o bico é poderoso e enegrecido, o círculo ao redor dos olhos é amarelo, sua íris é marrom escuro e seus pés são cinzas escuros.

Distribuição: Região semi-árida do nordeste da Bahia. Muito rara, durante muitos anos não era encontrada na natureza. Em 1978 foi localizada no Raso da Catarina, nordeste da Bahia. É a única arara da região.

Comprimento: 75 cm.

Hábitat: Áreas abertas e parcialmente abertas com vegetação de caatinga e escarpas de arenito e rochedos.

Status: Encontra-se extremamente ameaçada de extinção.

Hábitos: Freqüentam normalmente lugares altos (copas de árvores altas e escarpas íngremes), onde se sentem seguras. São normalmente vistos em grupos de 8 a 30 pássaros, em pares, família ou grupos menores é menos freqüente. São tímidas e cautelosas. Quando alarmados, voam gritam bem alto, circulam brevemente antes de pousar novamente em uma árvore ou sair voando. Os casais e as famílias são facilmente reconhecidos dentro do grupo. Seu vôo é principalmente observado em galhos externos de árvores ou palmeiras. Muitas das vezes empoleiram durante dez minutos nas árvores ou palmeiras mais altas e se alimentam sem fazer qualquer som. Uma vez satisfeito, não havendo nenhum perigo, eles gritam alto e o bando deixa o local. Empoleiram em árvores também sem barulho, até escurecer, só então eles voam para os buracos de descanso. Onde pode haver até 04 araras em cada oco. Durante as horas quentes do meio-dia, descansam em silêncio na parte de sombra das árvores ou em palmeiras de licuri, onde também se alimentam.

Características: É uma ave bela e uma das mais raras araras. Pertencente a família psittacidae, não há nenhuma subespécie, ela é única. Acredita-se que estará totalmente extinta em no máximo 10 anos. Atualmente está extinta na maior parte de sua área de distribuição, só é encontrada em poucas áreas de seu hábitat original. Sua população está restrita a menos de 180 pássaros na natureza. Um dos principais motivos de sua extinção é o tráfico internacional, pois uma única arara chega a custar R$ 200.000,00. São extremamente sociáveis e por incrível que pareça, quando criadas em cativeiro, se sentirem falta do dono ou de companhia, irão sofrer de stress, devendo-se sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente. Não são agressivas a outras espécies, até menores, de psitacídeos.

Dimorfismo (diferença sexual): Não existe, podem apenas ser distinguidos pelo exame de DNA.

Dieta natural: Especializada em frutos de palmeiras de Licuri, especialmente Syagrus coronata, além de frutas maduras e verdes, bagas e legumes. Freqüentemente se alimentam no chão onde as sementes das palmeiras são regurgitadas pelo gado e então ficam mais macias.

Alimentação: Nozes, amendoins, frutas e legumes (pera, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos) .

Período de reprodução: De Dezembro a Maio. Está extremamente relacionada à época onde a mais frutos da palmeira Licuri (Syagrus coronata).

Reprodução: Raramente alcançada no Brasil. Necessita de viveiros grandes e altos pois costuma fazer seu ninho em fendas de rochas em canyons na natureza. Muitas das vezes são vistos vários ninhos no mesmo precipício, mas não muito próximo um dos outros. Possuem uma baixa taxa de fecundação.

Amadurecimento sexual: 08 a 10 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 50 e 60 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 01 a 02 ovos, que poderão estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 57.0 x 38.4 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em buracos ou fendas nos precipícios e de preferência próximo à palmeiras de licuri. Em cativeiro o ideal é tentar se assemelhar aos locais escolhidos por elas para a reprodução. Há relatos de reprodução em caixas de madeira, mas são muito poucos. Na realidade pouco se sabe a respeito de sua reprodução em cativeiro.



Tempo de incubação: 28 a 30 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 60 a 65%.

Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com a plumagem esverdeada, cauda curta e a parte de cima do bico mais clara. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 09 a 10 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem, possam gastar suas energias e tenham um bom ambiente para reprodução, o mínimo é de 5x10x5m. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 13 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.

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