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Arara Preta ou Azul ou Una

Espécie: Anodorhynchus hyacinthinus



Anodorhynchus hyacinthinus (Latham 1790)

Inglês: Hyacinthine Macaw
Português: Arara Preta ou Azul ou Una

Descrição: Sua plumagem em geral é azul cobalto, a área sem penas ao redor da parte inferior do bico é amarelo, o azul das asas são ligeiramente mais escuros, o rabo e as partes mais externas das asas são enegrecidas, o bico é poderoso e enegrecido, o círculo ao redor dos olhos é amarelo, sua íris é marrom escuro e seus pés cinzas escuros.

Distribuição: No norte do Brasil em algumas localidades ao longo do norte do Amazonas e a oeste do rio Tapajó e ao sul passando pela parte central do Brasil indo até o sul, desde o Piauí, sul do Maranhão passando por Goiás e oeste da Bahia até Minas Gerais e Mato Grosso, leste da Bolívia e a parte mais nordeste do Paraguai.

Comprimento: 100 cm.

Hábitat: Áreas abertas e semi-abertas com árvores altas, vegetação de cerrado, savanas com palmeiras e grupos de árvores, baixadas, áreas inundadas com buriti (Mauritia sp.) e plantações de palmeiras. Preferem florestas de galeria, sendo muito mais raras em florestas tropicais ou em suas extremidades.

Status: Só ainda é comum em poucas áreas de seu hábitat original. Está desaparecida da maior parte de sua área de distribuição. É considerada em perigo de extinção. Sua população está possivelmente em menos de 4.000 pássaros. As causas principais da extinção são captura para o comércio e a caça.

Hábitos: É normalmente vista em pares, grupos familiares ou bandos de 06 a 12 pássaros. Os pares e as famílias são facilmente reconhecidos dentro do grupo. É normalmente avistada em vôo ou empoleirada em galhos externos de árvores ou arbustos. Podem ser ouvidas ao longe por causa de seu chamado, que é bem alto. Se houver aproximação, voam para cima gritando em círculos curtos e então pousam nas árvores novamente ou saem voando. Gostam de descansar em palmeiras Acrocomia altas ou árvores em bosques abertos. De manhã bem cedo se juntam em árvores mortas para se limpar. Alimentam-se até ao redor das 9:00h, depois os casais passam as horas quentes do meio dia em sombras de folhagens ou em palmeiras Attalea, onde também se alimentam de frutos de palmeiras, resmungam de vez em quando e se acariciam mutuamente. Voam para as árvores de descanso a noite. Freqüentemente voam distâncias consideráveis a uma boa altura. Costumam comer muita comida no chão, onde são tímidas e cautelosas. Seu vôo é ondulante e com batidas de asas lentas.

Características: É a maior das araras e também o maior dos psitacídeos. Seu porte, sua cor azul em contraste com algumas partes amarelas, a tornam uma ave extremamente bela e imponente. Pertencente a família psittacidae e não há nenhuma subespécie, ela é única. Embora vivam em bandos, são monogâmicas. Muito vivas, resistentes, adoram tomar banho e às vezes bastante barulhentas, particularmente no começo da manhã e no fim da tarde, mas muito menos que as Ara ararauna. Rapidamente se acostumam com novos tratadores. Por serem muito destruidoras, proveja regularmente galhos verdes. Podem ser mantidas com outras araras grandes fora da época reprodutiva, desde que em viveiros grandes. São extremamente sociáveis e por incrível que pareça, quando criadas em cativeiro, se sentirem falta do dono ou de companhia, irão sofrer de stress, devendo-se sempre que possível colocar galhos, folhas ou brinquedos para que se distraiam, evitando-se assim o seu desejo em arrancar penas, proveniente do stress. Uma vez destruído o folículo da pena ela jamais nascerá novamente.

Dimorfismo (diferença sexual): Não existe, podem apenas ser distinguidos pelo exame de DNA.

Dieta natural: São especializadas em frutos de palmeiras diferentes, incluindo Acrocomia lasiopatha, Astryocaryum tucuma, Attalea phalerata, Acrocomia aculeata, Syagrus commosa, Attalea funifera. Além de frutas maduras e verdes (figos, nozes, bagas e vegetais). Podem rachar nozes extremamente duras com seu bico poderoso, mas freqüentemente comem os frutos de palmeiras excretadas pelo gado e então mais macias, o qual acham no pasto.

Alimentação: Nozes, amendoins, frutas e legumes (pêra, manga, laranja, maçã, ameixas, banana, pepino, milho meio-amadurecido, cenoura, etc), mistura de sementes grandes, trigo, aveias, sementes brotadas. Comida de pombo encharcada. Precisa de uma fonte de vitamina regular e suplementos de minerais (especialmente D e B), proteína animal (camarão seco, ovo, carne de galinha e ossos).

Período de reprodução: De novembro a março.

Reprodução: Regularmente alcançada no Brasil, embora reproduzam muito menos que todas as outras araras mais comuns. Neste período costumam ficar agressivas com os tratadores. Não se conhece nenhum tipo de “corte” (exibição de namoro) diferenciada. A forma de acasalamento é lateral, o que difere da maior parte dos psitacídeos, que é feita com o macho sobre a fêmea.

Amadurecimento sexual: 08 a 10 anos.

Idade reprodutiva: Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 60 e 70 anos e que consiga reproduzir até os 50 anos ou mais.

Quantidade de ovos: Postura de 01 a 02 ovos normalmente, podendo chegar ocasionalmente a 03 ovos, que freqüentemente só um ovo estará fértil, podem fazer até duas posturas por ano. Ovo mede 53.0 x 40.0 mm.

Ninhos: Na natureza fazem seus ninhos em coqueiros ou palmeiras mortas, nos ocos de árvores altas de troncos grossos, ocasionalmente usam buracos ou fendas fundas em precipícios e estarão entre 04 a 12 metros do chão. Costumam usar o mesmo ninho regularmente, porém os casais não criam todos os anos. Existem vários fatores que interferem diretamente na taxa de reprodução como: predadores, doenças, ninhos tomados por outros animais e muitas das vezes inundações. Em cativeiro, os horizontais são os preferidos. Deverão ser revestidos de chapa na entrada, nos cantos externos e algumas partes internas, para que elas não o destruam. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco. Assim como as quinas do ninho que o bico delas pode alcançar, por cantoneiras de ferro para evitar que elas o destruam. Havendo a possibilidade, os ninhos feitos de toco de árvore têm uma ainda melhor aceitação. A inspeção do ninho deve ser feita com cuidado, para que o casal não se assuste e danifiquem os ovos ou até mesmo machuquem os filhotes.



Tempo de incubação: 27 a 28 dias.

Temperatura de incubação: 37, 5º C.

Umidade: 60 a 65%.



Filhotes: Os filhotes são semelhantes aos adultos, mas com o rabo mais curto, a parte inferior do bico bem mais clara e a plumagem ligeiramente mais fosca. A plumagem de adulto será atingida aos 20 meses. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 12 semanas e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Para que fique manso (pet), é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros: Proporcione lugares para que possam se esconder. Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem, possam gastar suas energias e tenham um bom ambiente para reprodução, o mínimo é de 3x2x2m. Os poleiros devem ser grossos para desgaste. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.

Tamanho da anilha: 16 mm.

Fezes: Pastosas. Líquidas ou brancas pode significar algum tipo de doença.
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